O Centro MAGIS Amazônia exibiu o curta Floresta Curumim no Circuito Tela Verde, reunindo jovens da Amazônia, Venezuela e Bolívia para refletir sobre ecologia, identidade e justiça social
Pe. Silas, SJ via Centro MAGIS Amazônia
O Centro MAGIS Amazônia foi um dos espaços exibidores do Circuito Tela Verde, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima que reúne produções audiovisuais independentes com temáticas ambientais. A atividade aconteceu no dia 17 de outubro, das 19h30 às 21h, no Sítio Dom Luciano Mendes de Almeida, em Manaus (AM).
O encontro contou com a presença de 27 jovens provenientes de diversas partes da Amazônia Brasileira, Venezuelana e Boliviana, além de três adultos que acompanharam a atividade. O evento teve como objetivo promover a educação socioambiental, estimular debates sobre sustentabilidade, biodiversidade e justiça social, e democratizar o acesso a produções independentes que abordam os desafios ambientais da atualidade.
A programação começou com uma apresentação sobre o Centro MAGIS Amazônia, especialmente para os participantes que o conheciam pela primeira vez. Em seguida, foi contextualizado o Círculo Tela Verde, destacando a participação do CMA como espaço exibidor. A atividade foi realizada em parceria com o Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES) e o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social, e contou com a exibição do curta-metragem “Floresta Curumim”.
Após a exibição, os participantes partilharam suas impressões sobre o filme, que retrata o protagonismo de crianças, adolescentes e jovens na valorização das práticas culturais e ambientais de seus territórios. O debate destacou a importância de uma educação de qualidade que fortaleça as identidades socioculturais nas comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, bem como o desafio das juventudes que migram para os centros urbanos e se afastam da natureza.
As reflexões também abordaram a necessidade de políticas públicas que garantam o direito à educação, saúde e economia sustentável, possibilitando que os jovens permaneçam em seus territórios. Reforçou-se ainda a relevância do trabalho coletivo e do empoderamento dos grupos juvenis para a transformação social, inspirados pela ecologia integral e pela educação libertadora de Paulo Freire.
Para o participante Ederson Ramos, o curta trouxe uma importante lição:
“O documentário Floresta Curumim me fez enxergar que, nas comunidades tradicionais, a educação nasce da vida, da terra e da convivência com a natureza. As crianças e os jovens crescem aprendendo com o que vivem, reconhecendo sua pertença e responsabilidade com o meio em que estão. Já nas áreas urbanas aprendemos sobre o cuidado com a natureza sem realmente vivê-lo e, por isso, acabamos perdendo o sentido do pertencimento e do cuidado.”





 
				